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Riachão do Jacuípe
Somos um município baiano, rico em cultura e recursos naturais, com potencialidades pouco exploradas. A população é de 43 mil habitantes e pouco mais, o clima é semiárido. A cidade fica a menos de 200 km de Salvador, na Área de Expansão Metropolitana de Feira de Santana. Nossos estudantes são recordistas em aprovação no Enem, vestibulares e concursos públicos, mas as oportunidades locais ainda são escassas. Quem nasce em Riachão do Jacuípe é jacuipense e há vários jacuipenses brilhando no campo do Direito, dos Esportes, das Comunicações, das Letras e da Vida Cotidiana. O time local, Esporte Clube Jacuipense, é nacionalmente conhecido. Conheça Riachão do Jacuípe! Aqui não faltam folclores e lendas, nem a apimentada política que divide opiniões em cidades típicas do interior, mas todos são muito amigos, no final.
TEXTOS
Artigo de Opinião
Leitura de mundo
Messias Bezerra Queiroz, licenciado em Letras Vernáculas pela UEFS, escritor.
É lamentável se ver a desastrosa sina de filhos órfãos de pais vivos. Por mais antagônico que pareça, a verdade se escancara nua crua e lança aos nossos olhos uma realidade lastimável, quando se trata de crianças, adolescentes e jovens que vivem à deriva, no mundo, desassistidos de qualquer educação basilar. Em decorrência disso, é comum nos depararmos, com relativa frequência, com moças e rapazes que, fatidicamente, quando não enveredam por caminhos ainda mais estranhos, nada mais lhes resta a não ser reproduzirem os mesmos vícios de pais e mães que também não foram educados. Assim, vive a sociedade num círculo vicioso. Por isso, dentre tantas outras causas que inflamam as chagas sociais do novo século, é pertinente levar em conta, também, as maledicências advindas da falta de instrução caseira.
O conceito de liberdade é muito mal interpretado por uma parcela da juventude, segundo a qual tudo é permitido, pois cada um deve mandar e desmandar em sua própria vida. Entretanto, o problema se evidencia quando essa concepção do direito individual absoluto se dá de maneira precoce e implica a autodestruição, ou, até mesmo, a violação dos direitos de outrem. É neste momento que se averigua a carência da orientação paternal, no alvorecer da mocidade, ou, pelo menos, de uma referência corretiva com o mínimo de afeto e sensatez.
Em outros termos, a falta de controle dos pais sobre seus próprios filhos, no sentido mais benigno da palavra, tem gerado consequências danosas, muitas das quais irreversíveis, tanto ao indivíduo, que vagueia desgovernado, quanto ao conjunto social em que este se agrega. Dessa forma, em tempos de grandes realizações e boas oportunidades, deixa-se a escola, perdem-se os bons costumes e a noção do respeito, experimenta-se o álcool e o crack, mutila-se o corpo e leva-se a vida para o fundo de um tenebroso túnel.
Depois disso, jogam-se pragas para todos os lados e defende-se, irrefletidamente, a redução da maioridade penal, ou, simplesmente, cruzam-se os braços e deixa-se que o mundo dê jeito nele mesmo. Obviamente, em matéria de educação, a assistência social e o combate à miséria são elementos fundamentais. De qualquer sorte, a formação do caráter bem que poderia começar dentro de casa.
A essa altura, é possível que alguém esteja dizendo: “e o que eu tenho a ver com isso? Trata-se de uma aula de moralidade?” Que seja. Ainda assim, experimente educar seus filhos hoje e, amanhã, quem sabe, o mundo será diferente.
Produção acadêmica jacuipense
Para acessar a monografia do economista Matteus Martins, presidente do Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores, é necessário clicar sobre o link abaixo e logar no site que hospeda o conteúdo.
